sexta-feira, 10 de julho de 2009

aperto

Hoje acordei com uma sensação de estranheza no corpo dormente. Um aperto no peito constante de quem pressente que algo está prestes a mudar. Sento-me no sofá ainda quente da última vez que o deixei e dou uma reviravolta pelos canais. Sinto-me desconfortável. Um aperto no peito. Tenho palpitações. Será um sinal de que algo vai acontecer? Ou é um sinal de que algo deveria acontecer? Não sei. Mas faço o meu dia normal como todos os outros e a sensação não me larga. É como se me puxasse constantemente para debaixo da cama. Onde os meus monstros dormem descansados desde a infância. Cedo à vontade e vou para debaixo da cama - os monstros já não estão lá - está só o pó e estão as memórias dos velhos tempos. E a sensação não pára. É hora de dormir outra vez e não quero. Porque o aperto no peito diz-me que dormir é um desperdício de tempo. é tempo mal gasto. é tempo disperso em sonhos cinematográficos que nunca levaram ninguém a nenhum lado. Mas o sono vence o aperto. Pelo menos por hoje.

Sem comentários: