sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

18 de abril de 2005

Tam tam, tamtam, nanananananaaa................a música continua.

A dança continua. No ritmo frenético que me embala a alma.

A música.

O embalo.

O colo.

Nós.

A outra a querer mandar no que nunca será seu; a querer tomar conta do que sou; a querer saber-me; a sugar-me o sangue à última gota; a arrancar-me mais um bocado de carne que fica entre o coração e o ser.

(Quanto tempo mais isto?)

A música que me embala num colo que eu sempre quis.

A VIDA. A minha vida.
De nadas. O gostar de só. A raiva entranhada.
Rasgo a pele no acto mais fundo de mim. Não sai - está entranhada.
Sou o que querem que eu seja. Repito-me mais que uma vez que não sou eu.
Ninguém me acredita.

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