quinta-feira, 18 de dezembro de 2008


nostalgias...
a minha família preferida...

um amor
assim...intenso, apaixonante estonteante e negro como o Gomez e a Morticia...um dos melhores casais de todos os tempos.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Divulgar é Preciso!


Consultem o meu outro blog para ficarem a conhecer alguns dos meus trabalhos jornalísticos:

http://delineamentosjornalisticos.blogspot.com/

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

fim do capítulo

muitas outras coisas foram escritas mas há coisas que são só nossas, que têm que ser só nossas.

não escrevo desde 2007. passei um ano sem escrever.


o impulso de escrever não me ocorre quando estou a maior parte das vezes feliz.

também por estar mais ocupada.


mas vou continuar a escrever. deixem-me feedback. quero saber o que acham disto.

8 de agosto de 2007


Mão cheia que te diluis na brisa que leva os cabelos e que segue mundo e mundos onde nada realmente se passa, onde tudo se sonha, onde há vida vivida - distante.

Para lá das coisas que se sabem a terra do nunca sem fim.

Desfaz-se em asas que elevam as bocas cortadas pela satisfação, os olhos brilhantes num corpo dançante que desperta a paixão...de se ser.

11 de agosto de 2006

O cheiro entranhava-se nas narinas até causar náuseas.
Esfreguei sofregamente e o cheiro sempre lá.
Eles soltavam gritos de aflição mas eu deixei-os ficar lá.
Não lhes abri a porta.
Preferia isso a livrar-me de vez do cheiro nauseabundo.

Por segundos cheguei a pensar libertá-los.


Mas e depois? E depois?


Eles viriam para me sugar a alma e desnudá-la em praça pública.
E eu não queria isso!

Há coisas que são só nossas; que têm que ser só nossas!

O menino frio - 16 de junho de 2006

Disperso no mundo das palavras mortas, lá vai andando ao cair das gotas de uma chuva ácida de suspiros.
Suspiros de mágoa e de prazer mesclam-se num som gritante. Ele bebe-os em desespero.
Ele quer viver. Sentir o amor e ódio num peito frio e indolor.
Mas ele está no mundo das palavras mortas; e ele já sabe disso.
Tenho uma má notícia par ti:

quando se sabe já não se volta. As palavras são actos e os actos palavras.
Quando se afastam morrem.
Porque deixam de se sentir.
E deixam de ser reais.
Morrem.

No mundo das palavras mortas ele passeia tentando beber a chuva ácida de suspiros.

(Não lhe vale de nada)

6 de junho de 2006

rasgões no ventre deixam o rasto das unhas que por ali passaram.

os rasgões de um querer descarnar para libertar a alma daquilo que é sujo.

a saliva gasta-se de tanto se querer dizer e de não se dizer nada.

o invólucro é que não se gasta;

conservamo-lo involuntariamente, quase.
queremo-lo como arma e como defesa.

depois, quando sabemos que não serve para nada, é tarde;

e o tempo cuida do resto.

6 de fevereiro de 2006

Deleito-me na inércia - vício prazeiroso.

Vida?

NÃO.

des-vida.


des-ser.


des-tudo.

25 de novembro de 2005


sede.


A minha boca pede mais.

mordo-a para a conter;

o sangue cai e delineia o trilho para o retorno.

O corpo débil arrasta-se em vão;

porque não há retorno;

porque não há trilho que lhe valha.

7 de junho de 2005

Ela quis sentir o toque da parede.
Que parece grosseira demais para ser suave.

Mas ela quis sentir o seu toque mesmo assim.

Fui sentir também.
Mas eu fui por curiosidade,
Não pelo que devia.

E não gostei - aterrorizei.
Porque me vi ali,
Num bocado de madeira polida.

E ela a tocar-me - a ver-me.
Sem saber.
Mas a ver-me como ninguém.

7 de junho de 2005

O que atrai nisto? talvez nada.
estar aqui com um capa de personagem só, mas bem.
Uma fachada pintada de fresco a esconder a tinta que de tão ressequida, estala.

tem a sua piada.

ser outra que não eu quando quero.

E ser outra que não eu quando não espero?

Esqueço-me nos amores e desamores de mim ou da outra [ou da outra que sou eu],
ou do eu que não sou.
nem sei onde me perdi; nem sei onde me vi pela última vez.
Nem me despedi à espera de um reencontro.
Ou nem me despedi por não saber quando me perdi.

Desculpas irrisórias para uma amnésia que não previ?

ou desculpas satisfatórias?

6 de junho de 2005

voltar costas...


sem pés para andar. Rastejo.

nua de ti.

aperto a barriga até doer. aperto mesmo!
para vomitar o que está colado no estômago:

os lamentos engolidos e as palavras agarradas à garganta seca.

28 de abril de 2005

Esventro-me para saber o que me vai cá dentro.
! Surpreendo-me com o que vou sentindo.
Há um nojo cá dentro. Um nojo quase de mim. Um nojo dos outros. Um nojo de ti. De todos.

Sou alma demente e temente. Sou corpo sem alma. Sou lodo cá dentro.

Não me vejo.
Não me vêem.
Não quero que me vejam mas quero-o ao mesmo tempo.
(assim como te quero e não te quero ao mesmo tempo).

Sou um ser sem sentido,
deambulante,
controverso,
perverso.

18 de abril de 2005

Tam tam, tamtam, nanananananaaa................a música continua.

A dança continua. No ritmo frenético que me embala a alma.

A música.

O embalo.

O colo.

Nós.

A outra a querer mandar no que nunca será seu; a querer tomar conta do que sou; a querer saber-me; a sugar-me o sangue à última gota; a arrancar-me mais um bocado de carne que fica entre o coração e o ser.

(Quanto tempo mais isto?)

A música que me embala num colo que eu sempre quis.

A VIDA. A minha vida.
De nadas. O gostar de só. A raiva entranhada.
Rasgo a pele no acto mais fundo de mim. Não sai - está entranhada.
Sou o que querem que eu seja. Repito-me mais que uma vez que não sou eu.
Ninguém me acredita.

6 de abril de 2005


Tudo tão explícito, demasiado explícito. Gente que passa, feliz com o momento. Ensaiam gestos ao espelho para o acto de cada dia.
Planeiam frases feitas para as dizer quando convier.

São assim as pessoas.

Demasiado naturais que se esforçam para o ser.

Mas antes isso que isto.

6 de abril de 2005


às vezes o meu coração pára.

Não vos acontece também?
quando respirar já cansa,
o sangue deixa de passar,
até que eu digo basta!
depois sorrio como quando se está bem. Iludindo a mente rendo-me ao corpo.
Que é o que passa,
E o que fica guardado nos outros.
Digo o que eles querem ouvir e faço o que me pedem.

(deve ser por isso que o meu coração pára).

6 de Abril de 2005

Vejo os outros lá em cima, lá ao longe.

Vejo-os a todos.

E eu cá em baixo e eles lá em cima e eu aceno e não me vêem e eu chamo-os e não me ouvem.

Desaprendi a falar. Já não falo a língua comum.

Desaprendi a estar. Já não estou.

Uma música que me embala nos caminhos do sonho...Tam tam, tamtam, nananananananaaaa...
Vou indo....assim...como um corpo morto a boiar no meio do nada; num mar sem fim e sem fundo... E a música ecoa e põe-me a cabeça a latejar de tão perfeita e vou indo... Tam tam, tamtam, nanananananananaaaaaa... E eu ali, em baixo; e os outros; todos! lá em cima. Eu a boiar no nada com uma coroa de flores em cima do corpo que alguém pôs de passagem. E vou indo.
Tam tam, tamtam, nananananananaaaa...

(música - eléctrica cadente - dead combo)
http://www.youtube.com/watch?v=g1yROmNbtQI

entreabrir memórias do passado

tudo o que publicar nos próximos tempos são algumas notas de um passado recente...

a partilha eleva-nos ao ponto de nos abstrairmos e percebermos pelo que fomos, o que somos.